Aquela adernalina
Vejo-te ao fundo da rua,
trago comigo o almoço,
mas mais que isso trago a esperança,
o pavor do segredo,
mas respiro fundo,
assumo o mundo,
e vou em direção a ti.
Não te beijo porque não posso,
só quando a porta do último andar se fechar,
e nesse momento sim,
o meu peito sobe no teu,
e com a minha mão na tua nuca,
de língua na tua colada,
estou ali pronta para te amar.