Fim
Rasguei as memórias,
arranquei folhas de cadernos,
em que escrevemos sonhos,
não realizados,
formatei telemóveis, máquinas, pens e uma vida.
Fui lentamente perdendo,
o que me mantinha a ele ligada,
e no fim de tudo,
ali, de mim, já não havia nada.
Desejo-lhe o melhor,
espero que encontre o que sempre quis,
mas em mim nada sobrou,
do que foi um casal feliz.
Separei as famílias,
e as moradas,
separei as mobílias
e deixei para trás as patadas...
O que me custa é mesmo isso,
ter o mesmo sofá e mantas,
mas sem o mimo deles,
sem as suas peladas...