Senti-me e sinto-me presa por horas, dias e meses,
mais de um ano se passou,
creio que não acabou ou acabará,
se ambos não soubermos querer que acabe.
Sinto e creio que o desejo será mais forte,
porque é desejo,
e de um corpo que bem conheço,
por isso, mais ainda o anseio.
Hoje já não te sonho como dantes,
já não me lembro de ti como dantes,
já nem sei se te conheço como dantes.
Antes do apagão de distanciamento ocorrido,
sem despedida,
sem aviso,
sem uma estadia resolvida,
ou qualquer tipo de estratégia definida.
Ficamos sem nos ver,
sem sequer nos ouvir ou telefone,
Foi difícil perceber,
que por vezes só me custava a mim,
a falta disso ter...
Sinto que desapeguei de ti, rei,
em palavras ausentes,
sintonias de vida diferentes,
e um estado de calamidade,
que gerou estranheza e também saudade!
Gerou a dúvida se era amor,
ou dependência o que existia, na verdade .
Depois de um reencontro,
depois de saber que a sensação era igual,
quis e quero por um ponto final,
para que tudo possa ser levado na normalidade,
por uma bela amizade,
que terá sempre muita cumplicidade,
ciúme e inveja também, é essa a verdade.
Não somos ou seremos possíveis,
apenas dois seres,
com um historial de momentos incriveis ,
que ficarão gravados nas nossas vidas,
e que também nos causaram feridas.
E o que mais terei saudades,
é de te ver dormir,
porque era tranquilidade em nós,
o que vi-a ali existir...